
Iniciados os procedimentos judiciais para apurar o caso de injúria racial no jogo entre Juventude vs. Restinga Redskulls
O resultado dentro de campo terminou com vitória do Juventude sobre o Restinga Redskulls. Foto Tassiana Schmitt/Futebol Americano Brasil
O episódio de injúria racial no confronto entre Juventude e Restinga Redskulls, pela temporada regular do campeonato gaúcho, ainda não terminou. Em contato com o Futebol Americano Brasil, o advogado representante da equipe porto-alegrense no caso, Carlos Ernesto Fleck, atualizou o FABR sobre os procedimentos.
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Os atletas do Restinga Redskulls que sofreram as injúrias raciais durante a partida realizada em Caxias do Sul, por intermédio de Siqueira Fleck Advogados, apresentaram na última semana notícia-crime ao Ministério Público de Caxias do Sul (MP-RS). O documento descreve o detalhamento das ofensas proferidas por um jogador do Juventude e de alguns torcedores.
De acordo com a notícia-crime, ela está embasada em relatos de atletas, arbitragem e profissionais da imprensa que presenciaram o ocorrido. Além disso, a súmula da partida, vídeos e áudios destacado possibilitam a comprovação do fato criminoso.
— Permitir a ocorrência de injúrias raciais, em país miscigenado como o Brasil, beira o inacreditável. Não é novidade a ocorrência deste tipo de ilícito, sobretudo no esporte. Porém, deve-se discutir esse tema, para que a sociedade tome consciência e tal não se repita mais — argumentou Fleck.
A notícia-crime aponta que o atleta que injuriou as vítimas está devidamente identificado. Agora, a Polícia Civil trabalha na identificação dos torcedores envolvidos no delito. Tão logo haja a identificação de todos, o Ministério Público poderá iniciar o processo criminal. A pena prevista é de um a três ano de reclusão.
— Na notícia-crime que apresentei, tem elementos suficientes para denunciar um dos jogadores. Porém, o MP preferiu mandar o expediente para a Polícia Civil para identificar os torcedores, a fim de fazer uma única denúncia. O prazo é 30 dias para investigações, mas acaba demorando mais. A polícia vai ouvir testemunhas, analisar vídeos e áudios — explicou Fleck.
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